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Hip Hop Tuga

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Arruda Dos Vinhos, Lisboa, Portugal

HipHop Tuga

Das ruas de Nova Iorque para os subúrbios Portugueses ...
O hip hop chegou a Portugal na década de 80. Primeiro invadiu os guettos mas depressa se generalizou. Saído dos cinemas americanos na década de 80, o hip hop chegou a Portugal e infiltrou-se nos subúrbios da cidade de Lisboa e do Porto. Zonas como Chelas, Amadora, Cacém, e Margem Sul do Tejo foram consideradas o berço deste movimento.
Da América, o hip hop trouxe a moda da streetwear, usada em Portugal pelos mais novos e os quatro elementos fundamentais: o MC'ing, o DJ'ing, a break-dance e o graffiti. Nos becos, juntavam-se os putos de rua, vestidos com sweatshirts Bana, ténis de marca e atacadores largos, levando rimas feitas em casa, numa espécie de crew à portuguesa.
Foi com o álbum Rápublica dos Black Company lançado em 1994 que o hip hop se afirmou de vez entre os tugas. O refrão "Não sabe nadar, yo" depressa chegou às bocas do povo. Até o Presidente da República da altura, Mário Soares, o usou num dos seus discursos acerca da polémica das gravuras de Foz Côa : "As gravuras não sabem nadar, yo!".
Apesar do boom, o hip hop acabou por cair em desuso entre as massas juvenis, perdendo o compasso do estrangeiro, embora se continuasse a sentir nos arredores da capital.
Começaram a despertar projectos marginais, mais alternativos e caseiros, sem quaisquer preocupações comerciais. Como referiu Sam the Kid, uma das estrelas do hip hop nacional, numa entrevista ao Mundo Universitário, "as pessoas quando começam a fazer música não pensam no negócio, pensam só em criar".
Depois de 10 anos a fermentar, o movimento surgiu agora em grande forma pelas mãos das editoras mais perspicazes que uniram o útil ao agradável.
Apostaram, assim, na fusão entre o rap e vários estilos musicais (Crossovers) para atingir um público -alvo bastante selectivo - os jovens.
Hoje em dia, fala-se de dois rumos do hip hop, o puro ou underground, da rua e o outro, aquele que é fabricado pelo marketing, nos ginásios e na MTV. Abandonou os guettos e saltou para a sociedade consumista. Apesar disto, o hip hop genuíno resiste no corpo e na alma daqueles que o sentem como uma verdadeira filosofia de vida e não uma moda "made in USA".


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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

XEG



Mc Xeg é um MC português, figura proeminente do Hip-Hop nacional, com três albuns já lançados.
O lançamento do seu disco de estreia realizou-se em 2001 com o nome Ritmo e Poesia, tendo-se registado uma elevada receptividade por parte do público. Com um currículo extenso que incluí participações em álbuns e Mixtapes, já considerados clássicos, com Sam The Kid, Bomberjack, DJ Cruzfader, e outras mais recentes com Nbc, Kacetado, MatoZoo, Núcleo.
Ao longo da sua carreira Xeg, caracteriza-se por controlar a mesma, da forma como controla a sua vida — simples. Sem restrições, fala do que vê e sente, o que lhe tem rendido alguma animosidade e, claro, a falta de reconhecimento típica de quem lidera e não segue. Sejam os tópicos sociais como o racismo, a guerra no Iraque ou as políticas governamentais, aborda também as questões passionais, ou direccionados para o interior da cultura Hip-Hop. O resultado tende a manifestar-se numa honestidade músical, arrasadorora e directa.
Vivendo e respirando Hip-Hop, da forma mais pura, este rapper dos anos oitenta, faz questão de nunca esquecer as quatro vertentes nos seus discos. E o álbum Conhecimento, não foge à regra, sendo um disco de batidas harmoniosas e melódicas, maioritariamente produzido pelo próprio, podendo considerar-se este segundo registo, como um filme da sua vida, onde muitas histórias são deliciosamente contadas.